sábado, 30 de janeiro de 2016

Ação educativa sobre dengue, chikungunya e zika no Projeto Gugu





Com o objetivo foi sensibilizar os participantes sobre a importância de cada um fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e zika –, com a vigilância constante do ambiente de convívio, evitando a água parada em locais que possam servir como criadouros do inseto, o Centro de Controle de Zoonoses de Niterói – através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) – promoveu uma ação educativa junto aos integrantes do Projeto Gugu do Núcleo Largo da Batalha nesta quinta-feira (28/01). 

A agente Patrícia de Oliveira desenvolveu bate papo interativo, com demonstração de material de apoio, e distribuição de panfletos na quadra de esportes do bairro onde o grupo se reúne para fazer exercícios físicos habitualmente.  O enfoque principal foi medidas de prevenção e eliminação de possíveis criadouros do mosquito; no entanto, informações sobre as doenças, características do Aedes aegypti e dados atuais sobre a situação da microcefalia no país também estiveram em pauta.

A participação do grupo foi impressionante, com manifestação de interesse e vontade de aprender mais.  Todos apresentaram alguma dúvida, relato ou questionamento, que foram prontamente debatidos e esclarecidos. Os tópicos zika e microcefalia despertaram maior curiosidade.  Ao final, o público agradeceu a iniciativa.


 




Projeto Gugu

O Projeto Gugu é um dos mais bem sucedidos programas de ginástica e incentivo à qualidade de vida voltados para idosos.

Idealizado e comandado pelo médico ortopedista e professor Carlos Augusto Bittencourt Silva (in memoriam), o Projeto Gugu começou em abril de 1995, na Praia de Icaraí, em Niterói. 

Os núcleos foram surgindo, e o mais interessante é que se propunha simplesmente fazer exercícios físicos, e agora reintegra o idoso à sociedade, melhorando-o sob o aspecto físico, psíquico e social.
(Fonte:  http://www.funcab.org/gugu.php) 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Técnicos de enfermagem são capacitados sobre arboviroses





Técnicos de enfermagem da rede municipal de saúde de Niterói participaram nesta semana (27 e 28/01) de uma capacitação sobre arboviroses – destacando-se as doenças dengue, febre de chikungunya e zika – no auditório do Núcleo de Ensino Permanente e Pesquisa (NEPP), Centro.  A iniciativa integra a campanha “Não Crie Mosquito em Casa”, lançada pela prefeitura na segunda semana do mês. 

Promovido pelo Centro de Controle de Zoonoses, o treinamento teve como objetivo intensificar e aperfeiçoar conhecimentos, sobretudo à questão da zika, inédita no país, e aos recentes casos de microcefalia relacionados a esta doença.

Ministrada pelos profissionais Cláudio Moreira (Vigilância Ambiental) e Hugo Costa (Informação, Educação e Comunicação em Saúde), a atividade se desenvolveu através de explanação temática com apresentação de slide-show e filme, e contou com a participação de 70 técnicos dispostos em duas turmas.

A ação educativa consistiu na realização de duas palestras – a primeira sobre o mosquito e como ele age na propagação do vírus, e a segunda sobre arboviroses, destacando-se dengue, zika e a febre de chikungunya. Também foram discutidas a relação do zika vírus com a microcefalia, e os cuidados com as gestantes e a população em geral na prevenção da doença. 

Os técnicos aprenderam sobre o ciclo de reprodução do mosquito, hábitos, locais prováveis de proliferação, aprofundaram os conhecimentos sobre as três enfermidades transmitidas pelo mesmo vetor, puderam interagir e esclarecer dúvidas. As principais dúvidas apresentadas se referiram às similaridades e diferenças entre as três doenças, ação dos vírus no organismo humano, comportamento do Aedes aegypti e prevenção.

Para o palestrante Hugo Costa, a participação ativa do público foi bem satisfatória.  “Achei os técnicos bem participativos, envolvidos de fato nas palestras, interessados em esclarecer dúvidas que até então eu não sabia que tinham: quatro sorotipos de dengue, imunidade vitalícia para cada sorotipo. Considero importante que eles tenham conhecimento não apenas sobre o controle do Aedes aegypti, mas também sobre essas doenças que o próprio corpo médico tem tido dificuldade em diferenciar. Não tive a pretensão de falar mais profundamente sobre clínica médica, e sim apresentar uma visão geral do panorama sintomatológico da dengue, febre de chikungunya e zika, e com isso, formar um painel comparativo para que o profissional de enfermagem possa distingui-las.” 







A campanha

A campanha “Não Crie Mosquito em Casa” foi lançada dia 13 de janeiro pela Prefeitura de Niterói, uma grande ação que envolve várias secretarias e órgãos municipais.  As duas principais ferramentas são uma parceria com a Fiocruz, que terá Niterói como o foco de uma pesquisa que usa mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia, capaz de bloquear a transmissão do vírus da dengue no Aedes aegyti, e o lançamento do aplicativo “Sem Dengue”.

Através do novo aplicativo de celular, a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e da febre de chikungunya. Como o Sem Dengue é georreferenciado, identificará automaticamente o endereço do local fotografado pelo cidadão. A denúncia do foco será enviada pela internet para a prefeitura e vai ajudar o trabalho dos agentes de controle de endemias. O aplicativo foi desenvolvido pelo Colab, rede colaborativa já utilizada pela prefeitura.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Sala de Espera sobre Dengue, Zika e Chikungunya na Qualimedi Policlínica




O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), promoveu nesta segunda-feira (25/01) atividade de sala de espera na Qualimedi Policlínica, no Largo da Batalha.  O objetivo foi sensibilizar os pacientes sobre a importância da adoção de medidas preventivas para impedir o avanço das doenças dengue, zika e febre de chikungunya no município.

A agente Patrícia Oliveira realizou palestra sobre mudanças de hábitos no cotidiano para evitar a proliferação de mosquitos.  Como o Aedes aegypti transmite, além do vírus da dengue, o zika vírus e o vírus da febre de chikungunya, é preciso que a população reforce os cuidados para impedir o desenvolvimento de criadouros.

A ação educativa se deu por meio de bate papo interativo e distribuição panfletos.   A participação do público foi bem satisfatória, todos demonstraram interesse nos assuntos abordados, quiseram saber sobre prevenção, repelentes e microcefalia.  Ao final, agradeceram a iniciativa. 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Preventório recebe mutirão contra dengue

422 casas foram vistoriadas





Na manhã deste sábado, 23/01, cerca de 40 agentes do Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, da Fundação Municipal de Saúde, percorreram a comunidade do Preventório, em Charitas, combatendo possíveis focos do mosquito Aedes aegypti e orientando a população. 

No local, 422 casas foram vistoriadas, além de ruas e canteiros, durante a ação que faz parte da Campanha “Não Crie Mosquito em Casa”, lançada pela Prefeitura de Niterói.   

O morador Adenilson Santos considerou a iniciativa importante. “Eu tento fazer a minha parte e a comunidade tem que fazer o mesmo. Acho importante esse trabalho para prevenir o mosquito e orientar as pessoas”, disse. 

Os próximos locais serão Engenho do Mato e comunidade do Abacaxi. 




Campanha 

O trabalho é feito pela Secretaria de Saúde em parceria com outras pastas. 

As duas principais ferramentas são uma parceria com a Fiocruz, que terá Niterói como o foco de uma pesquisa que usa mosquitos infectados por uma bactéria que atua como uma vacina contra o Aedes, e o aplicativo “Sem Dengue”.  Através do app, a população pode tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito. 

A campanha tem, ainda, a distribuição de panfletos, cartazes, divulgação nas mídias sociais, uma página especial no Portal da Prefeitura (www.niteroi.rj.gov.br/contradengue) e mutirões intersetoriais que acontecem aos finais de semana em diferentes locais da cidade. 

Além do propósito na eliminação dos criadouros, a iniciativa informa a população sobre os sintomas das doenças. Em Niterói, as pessoas também podem denunciar possíveis focos de Aedes pelo Disque Dengue (2621-0100).


Fonte:  Prefeitura de Niterói
Fotos:  Cláudio Vicente

sábado, 23 de janeiro de 2016

CCZ conclui últimas turmas da capacitação em zika, dengue e chikungunya




O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói concluiu nesta semana (20 e 21/01) as últimas turmas da capacitação e atualização sobre arboviroses – destacando-se zika, dengue e febre de chikungunya – promovida aos seus agentes que atuam no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus que causam essas doenças.  As primeiras turmas participaram nos dias 06 e 07 deste mês.

Voltada para a qualificação dos agentes, a iniciativa foi realizada no auditório do Núcleo de Educação Permanente e Pesquisa (NEPP), bairro Centro, e teve como objetivo intensificar e aperfeiçoar os conhecimentos dos profissionais em relação à sua área de atuação, sobretudo à questão da zika, inédita no país, e aos recentes casos de microcefalia relacionados a esta doença.

Ministrada pelos profissionais Hugo Costa e Jonas Queiróz – do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC) –, a atividade se desenvolveu de modo descontraído através de explanação temática com apresentação de slide-show e filme, e contou com 250 participantes ao total das turmas.

Durante o treinamento foram abordadas as informações:  arbovírus e arboviroses; os vírus dengue, chikungunya e zika; vetores hospedeiros; sinais clínicos das doenças; distribuição dos vírus no Brasil e no mundo; zika e microcefalia; pesquisas e novidades.

Para o agente Joulber Luiz Gomes de Souza é importante repassar para a população conhecimentos confiáveis sobre as doenças:  “O encontro foi muito válido porque poucos colegas tinham conhecimento técnico-científico mais aprofundado sobre a zika.  Agora todos podem transmitir informações precisas e atualizadas.  A medida que forem surgindo novidades sobre o assunto, outras palestras deveriam acontecer.”







sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CCZ realiza palestra sobre prevenção ao Aedes aegypti no Médico de Família Eva Ramos




Com o objetivo de sensibilizar os usuários sobre a importância da prevenção contra o Aedes aegypti – mosquito transmissor dos vírus causadores da dengue, zika e febre de chikungunya –, o Centro de Controle de Zoonoses, através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), realizou nesta terça-feira (19/01) palestra durante atividade de sala de espera no Médico de Família Eva Ramos, bairro Cantagalo.

A ação educativa aconteceu em atendimento à solicitação da administração do módulo, através da agente comunitária de saúde Verônica, e contou também com a presença de outros parceiros:   Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morham) e agentes comunitários da Defesa Civil de Niterói.  

A agente Patrícia Oliveira (IEC) iniciou o evento ministrando palestra sobre zika.  Em seguida abriu-se o debate.   Os usuários participaram esclarecendo dúvidas sobre a melhor forma de combate ao Aedes e o repelente mais apropriado. A enfermeira Vilma Rocha fez as considerações finais falando sobre os sintomas das doenças (zika, dengue e chikungunya) no organismo e reforçando sobre a importância da prevenção. 

Na sequência da programação, agentes da Defesa Civil falaram sobre o curso de capacitação para atuar na prevenção de acidentes na comunidade e o grupo Morhan encerrou com explanação e dramatização sobre hanseníase.  

Ao final todos agradeceram a iniciativa. 




Voluntários da Defesa Civil são treinados para combater o Aedes aegypti nas comunidades



Iniciativa integra a campanha “Não Crie Mosquito em Casa”, lançada pela prefeitura na semana passada


A Defesa Civil Municipal também está engajada na campanha “Não Crie Mosquito em Casa”, lançada semana passada pela Prefeitura de Niterói. Nesta terça-feira (19/01), 28 voluntários dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs) participaram de um treinamento para que possam auxiliar os agentes de controle de zoonoses e agentes de endemias a disseminar informações nas comunidades da cidade. O objetivo é somar esforços na luta para prevenção e controle do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya – na cidade. O trabalho dos voluntários está previsto para começar na próxima semana.

Os palestrantes foram Cláudio Moreira, chefe do setor de Controle Ambiental, e Maria da Glória Moreira, coordenadora do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde – ambos do Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, da Secretaria Municipal de Saúde. Os dois ressaltaram o perigo do alastramento da microcefalia no Brasil, cujos casos suspeitos chegaram a 3.500 entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, com estimativa de 30 mil casos até o fim do ano. Os voluntários também aprenderam detalhes sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti, como combater sua proliferação e ainda receberam orientações sobre as três principais doenças transmitidas pelo mosquito: dengue, zika e febre de chikungunya.

O papel dos voluntários das comunidades será fundamental na disseminação de informações sobre como combater e evitar focos do mosquito nas residências. O pessoal dos Nudecs orientará os moradores das respectivas comunidades durante as vistorias da Defesa Civil. Dessa forma, será possível ao órgão fazer um mapeamento georreferenciado, com o conhecimento de cada casa que foi vistoriada por um agente ou um voluntário. Os dados serão direcionados para o Centro de Monitoramento do órgão municipal.

O subsecretário de Defesa Civil, Walace Medeiros, explica que o órgão já treinou agentes de Zoonoses para identificar situações de risco geológico nas comunidades e que agora a parceria é importante para que as equipes da Defesa Civil saibam identificar focos do mosquito e orientar os moradores sobre formas de prevenção.

“Mais do que nunca, o foco agora é combater o mosquito, em função do aparecimento das novas doenças que ele transmite. A gente vai efetivamente realizar o trabalho para a prevenção das doenças. Esse treinamento nos dá as ferramentas para que possamos agir, partindo do princípio de que a Defesa Civil entra nas residências e fala direto com o cidadão. Com a aceitação que nossas equipes têm nas comunidades, essa informação chegará com peso aos moradores, em função do grau de confiabilidade que a população tem na Defesa Civil”, afirmou Medeiros.

O subsecretário explicou que o engajamento da Defesa Civil no combate ao mosquito também integra um esforço nacional, liderado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, que está mobilizando os órgãos estaduais e municipais.

A voluntária Mônica Marques, do Nudec do Viçoso Jardim, esteve na palestra e conta por que decidiu participar do evento: “Eu espero aprender mais e ajudar moradores próximos da minha comunidade. Os casos de zika são os mais preocupantes agora, principalmente com crianças e grávidas”, afirmou.


A campanha

A campanha “Não Crie Mosquito em Casa” foi lançada semana passada pela Prefeitura de Niterói. Uma grande ação, que envolve várias secretarias e órgãos municipais, será realizada na cidade.  As duas principais ferramentas serão uma parceria com a Fiocruz, que terá Niterói como o foco de uma pesquisa que usa mosquitos infectados pela bactéria Wolbachia, capaz de bloquear a transmissão do vírus da dengue no Aedes aegyti, e o lançamento do aplicativo “Sem Dengue”.

Através do novo aplicativo de celular, a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Como o Sem Dengue é georreferenciado, identificará automaticamente o endereço do local fotografado pelo cidadão. A denúncia do foco será enviada pela internet para a prefeitura e vai ajudar o trabalho dos agentes de controle de endemias. O aplicativo foi desenvolvido pelo Colab, rede colaborativa já utilizada pela prefeitura.



Fonte:  Prefeitura de Niterói
Fotos:  Bruno Eduardo Alves

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Vírus zika consegue ultrapassar a placenta na gestação, confirma análise


Desenvolvido pelo Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná) em parceria com a equipe da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR), um estudo que confirmou a transmissão inter-placentária do vírus zika após a análise da amostra da placenta de uma gestante da região Nordeste, que apresentou sintomas compatíveis de infecção pelo vírus e que sofreu um aborto retido – quando o feto deixa de se desenvolver dentro do útero – no primeiro trimestre de gravidez. O trabalho realizado pelo Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Paraná, um dos laboratórios sentinelas do Ministério da Saúde para o tema, também levantou uma hipótese importante para explicar a dinâmica de transmissão do vírus de mãe para feto. 

“A paciente relatou sintomas clínicos que indicavam infecção por vírus zika no início da gravidez e sofreu o aborto na oitava semana. Analisamos as amostras da placenta utilizando um anticorpo monoclonal contra flavivírus, que reconhece membros desse gênero, incluindo os vírus dengue, zika vírus, febre amarela entre outros”, explica a virologista chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Fiocruz Paraná, Cláudia Nunes Duarte dos Santos. Os resultados da primeira análise foram positivos, e confirmaram a presença de proteínas virais nas células placentárias (mãe e feto).

“Para confirmarmos que era realmente infecção por vírus zika, amostras desse tecido que apresentavam alterações morfológicas foram retirados e utilizados para a análise por técnicas moleculares. Realizamos a identificação do genoma viral, através de técnicas de RT-PCR em tempo real, que confirmou a infecção de células da placenta por vírus zika e a transmissão placentária. Foram também realizados exames de RT-PCR em tempo real para descartarmos infecção por dengue, que foram negativos”, acrescenta a pesquisadora. 

A investigação conjunta entre a Fiocruz Paraná e a PUC PR revelou a imunopositividade em células de Hofbauer, presentes na placenta. “Em vista disto, uma hipótese razoável seria que o vírus zika pode estar utilizando a capacidade migratória das células para alcançar os vasos fetais”, avalia a patologista Lucia Noronha, da PUC PR. O resultado do estudo é tema de um artigo que será publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. 

“Embora não possamos relacionar esses achados com os casos de microcefalia e outra alterações congênitas, este resultado confirma de modo inequívoco a transmissão intrauterina do vírus zika, além de contribui na aquisição de conhecimento sobre sua a biologia e interação com células do hospedeiro e auxiliar no delineamento de estratégias anti-virais que visem bloquear o processo de infecção e/ou transmissão”, finaliza a virologista da Fiocruz Paraná.


Fonte:  Fiocruz Paraná

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CCZ capacita 200 agentes comunitários para combater o mosquito Aedes aegypti




O Centro de Controle de Zoonoses de Niterói, através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), promoveu a capacitação de 200 agentes comunitários de saúde do município para que possam atuar no enfrentamento do Aedes aegypti.  O objetivo é somar esforços na luta para prevenção e controle do mosquito – transmissor dos vírus causadores da dengue, febre de chikungunya e zika – na cidade.

A atividade ocorreu na última semana (12 a 15/01) no auditório do Núcleo de Ensino Permanente e Pesquisa (NEPP), Centro.  Consistiu na realização de duas palestras – a primeira sobre o mosquito e como ele age na propagação do vírus, e a segunda sobre arboviroses, destacando-se dengue, zika e a febre de chikungunya. Na capacitação, os agentes aprenderam sobre o ciclo de reprodução do mosquito, hábitos, locais prováveis de proliferação e também aprofundaram os conhecimentos sobre as três doenças transmitidas pelo vetor.





Os agentes que participaram da capacitação compõem as equipes do Programa Médico de Família, realizando visitas domiciliares, sendo o elo entre as equipes e as famílias que residem na área de atuação das PMF’s. Em Niterói, 29 módulos do programa integram a rede de saúde municipal.

Para Maria da Glória Moreira, coordenadora do IEC, a atuação dos ACS’s é um reforço importante não apenas durante o período de maior incidência de casos, mas permanente, devido à proximidade que estes profissionais têm junto a cada comunidade: “Acreditamos que a prevenção é essencial para a redução do número de casos dessas doenças, e o trabalho conjunto entre os agentes  e a população pode ajudar a mudar o quadro”.

Casos na Cidade
De janeiro a 4 de dezembro do ano passado, foram notificados 488 casos de dengue e dois de zika em Niterói. O município não registrou casos de chikungunya. Dados do Ministério da Saúde divulgados em novembro mostraram que 1,1% dos domicílios da cidade tinham focos do mosquito. O risco de epidemia é alto quando o índice é maior que 4%. Os bairros de Viradouro, Cachoeira e Vital Brazil apresentaram a maior concentração de criadouros.







Fiocruz anuncia inovação no diagnóstico simultâneo de zika, dengue e chikungunya

A Fiocruz divulgou, em entrevista coletiva de imprensa com o Ministério da Saúde (MS) neste sábado (16/1), uma importante inovação que permitirá realizar o diagnóstico simultâneo de zika, dengue e chikungunya em casos suspeitos. A novidade, anunciada durante visita do ministro da Saúde, Marcelo Castro, ao campus da Fundação no Rio de Janeiro, vai garantir maior agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do MS, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional. A inovação é resultado do trabalho conjunto do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e de quatro unidades da Fiocruz: o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), com o apoio do Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná), do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco) e do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). O MS vai encomendar a produção de 500 mil kits pela Fiocruz até o final deste ano.


Segundo o ministro Marcelo Castro, “o teste que a Fiocruz desenvolveu e que vamos lançar no mês de fevereiro é fundamental do ponto de vista de estratégia de saúde pública. É importantíssimo que esta tecnologia seja brasileira. Isto traz uma vantagem extraordinária, porque hoje fazemos três testes separadamente, com produtos importados. Agora faremos os três testes de uma só vez. E, como o teste é nacional, vamos economizar divisas aos cofres públicos”.

Atualmente, o diagnóstico do vírus zika é realizado por técnicas moleculares, com uso da técnica de RT-PCR em Tempo Real, que identifica a presença do material genético do vírus na amostra. São usados reagentes importados e, para descartar a presença dos vírus dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente. O Kit NAT discriminatório para dengue, zika e chikungunya permite realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus. Além de evitar a necessidade de três testes separados, o kit oferece uma combinação pronta de reagentes, acelerando a análise das amostras e a liberação dos resultados.

“Temos satisfação em entregar esta inovação à sociedade. Estamos mobilizados para responder à grave situação do vírus zika e da microcefalia e isto é parte importante dos nossos esforços”, disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, acrescentando que a ação é resultado do esforço do Gabinete Para o Enfrentamento à Emergência Epidemiológica em Saúde Pública, criado pela instituição em 2015. “Este caso apresenta de maneira exemplar o resultado de duas características muito específicas da Fiocruz: a primeira é poder reunir na mesma instituição uma cadeia que vai da pesquisa em laboratório até a área da produção. A segunda característica é ser um órgão do Ministério da Saúde e que, justamente por isso, trabalha de maneira muito afinada com as diretrizes, as políticas e as demandas do Ministério”, observou Gadelha. 

A virologista Ana Bispo, chefe do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), idealizou o projeto a partir de uma demanda concreta. “Como serviço de referência sabemos os desafios e oportunidades de melhoria para o trabalho de diagnóstico laboratorial. Em novembro, surgiu a ideia de que, se um kit pudesse, ao mesmo tempo, verificar a presença dos vírus zika, dengue e chikungunya, poderíamos poupar tempo, além de simplificar o processo. Outro motivo é que os sintomas das três doenças nem sempre são claros, levando à necessidade de processar as amostras para mais de um vírus. Sem contar que a simultaneidade no processamento das amostras é fundamental em regiões onde os vírus circulam ao mesmo tempo, reforçando a vigilância epidemiológica dessas três viroses de grande impacto na saúde pública. Estamos felizes que a ideia foi abraçada por parceiros tão competentes e que em breve estará disponível na rede de laboratórios centrais de saúde pública”, completou.

Essa é a segunda contribuição relevante do laboratório em relação ao tema: em novembro, a equipe confirmou de forma inédita a presença do vírus zika no líquido amniótico de duas gestantes com fetos com microcefalia. A evidência foi primordial para direcionar as investigações iniciais sobre o vírus zika e sua correlação com a microcefalia. “Desenvolvemos um produto que já agrega boas práticas de fabricação. Com esse teste, o Brasil ficaria livre da dependência de importações. Além disso, seremos capazes de fornecer os insumos para a preparação das amostras, oferecer o treinamento de equipes e realizar assistência técnica”, afirmou o vice-diretor da Fiocruz Paraná, Marco Krieger. “Ficamos contentes em conseguir desenvolver esse kit em tão pouco tempo para conseguir responder com agilidade a esse grave problema em saúde pública”, enfatizou Rita Rampazzo, também do IBMP e uma das colaboradoras no desenvolvimento do novo kit.

Os kits podem entrar em produção quase imediata, já que a fabricação de reagentes da Fiocruz atende à hemorrede brasileira na confecção dos testes kit Nat, oferecidos em 100% dos bancos públicos brasileiros e que agilizam a identificação dos vírus HIV e da hepatite C no sangue. A produção e nacionalização dos kits poderá representar uma economia de mais de 50% aos cofres públicos, pois atualmente os insumos são obtidos de fornecedores internacionais. A estimativa de custo para realização do diagnóstico é de US$ 20 por teste. O teste permite o diagnóstico durante a manifestação dos sintomas clínicos destas infecções. O kit é versátil, podendo ser usado para o diagnóstico laboratorial dos três vírus, para dois ou para cada um separadamente.


Fonte:  FIOCRUZ

Vacina contra zika foi tema de reunião do ministro no Butantan

Laboratórios públicos Evandro Chagas e Bio-Manguinhos também serão incentivados a firmar parcerias internacionais; imunização contra dengue é outro ponto da agenda de Marcelo Castro    

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, visitou nesta sexta-feira (15/01) o Instituto Butantan, em São Paulo, onde discutiu parcerias internacionais para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika, de modo a conter no país o nascimento de bebês com microcefalia causada pelo vírus que é transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti. A unidade é referência nacional na produção de vacinas e soros.

Outros dois laboratórios públicos, Instituto Evandro Chagas, que fica no Pará, e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), do Rio de Janeiro, ambos vinculados ao Ministério da Saúde, também estão em busca de parcerias com instituições científicas para a futura produção de uma vacina no país contra a doença. Neste sábado (16/01), o ministro Marcelo Castro visitou Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz responsável pelo desenvolvimento e produção de vacinas com foco em atender a saúde pública, para tratar do assunto.

“A vacina é a grande solução”, afirmou o ministro Marcelo Castro. “Estamos em contato com laboratórios internacionais, com nossos laboratórios no Brasil, para conseguirmos desenvolver, em tempo recorde, uma vacina contra a zika, que será muito mais simples de desenvolver que a da dengue, que tem quatro sorotipos. No caso da zika, é somente um”, observou.

VACINA CONTRA A DENGUE - O Instituto Butantan, principal produtor de imunobiológicos do país, é vinculado ao Governo do Estado de São Paulo e já desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de Biologia e Biomedicina em parceria com instituições estrangeiras. Uma delas é o National Institutes of Health (NIH) - agência de saúde do governo norte-americano -, com o qual o Butantan está em estágio avançado de desenvolvimento da vacina contra a dengue. No total, 17 mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil participarão dos estudos clínicos que estão prestes a começar e devem durar um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacina contra a dengue disponível em 2018.

O ministro Marcelo Castro vê a vacina como muito promissora e espera poder utilizá-la em breve. “Ao que tudo indica, esta vacina tem um índice elevado de imunização, além de ser uma única dose, o que facilita na logística de vacinação da população”, comentou. A vacina do Butantan tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose, e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. Nesta fase da pesquisa, os estudos visam a comprovar a eficácia da vacina.



Fonte:  Ministério da Saúde

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Anvisa prioriza análise de kits para diagnóstico de Zika, Chikungunya e Dengue


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está dando prioridade à análise do registro de seis kits comerciais de diagnóstico de Zika, Chikungunya e Dengue. Dois produtos são para diagnóstico de arboviroses em geral, dois para Dengue, um para Zika e um para Chikungunya. Qualquer outro produto que tenha por objetivo auxiliar no diagnóstico e tratamento dessas doenças terá sua análise de registro também priorizada.

Atualmente, não existem produtos para diagnóstico in vitro comerciais registrados junto à Anvisa para diagnóstico do vírus Zika. Os diagnósticos que vêm sendo realizados são executados por metodologias moleculares, desenvolvidas e validadas pelos próprios laboratórios executantes do teste.
A ampliação da oferta de testes vai tornar o diagnóstico das três doenças mais ágil e acelerar os tratamentos.


Fonte: Anvisa

Ministério da Saúde encomendará 500 mil testes para zika, chikungunya e dengue

Kits serão produzidos pela Fiocruz e permitirá acelerar os resultados e reduzir o custo dos exames para diagnóstico das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

O Ministério da Saúde vai adquirir 500 mil testes nacionais de biologia molecular para a realização de diagnóstico de zika, chikungunya e dengue. O anúncio foi realizado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, neste sábado (16), no Rio de Janeiro (RJ), durante a visita às instalações dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A nova tecnologia permitirá o diagnóstico simultâneo para os casos suspeitos das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti durante a manifestação dos sintomas clínicos destas infecções.

Atualmente, o diagnóstico do vírus Zika é realizado com uso da técnica de RT-PCR em Tempo Real, que identifica a presença do material genético do vírus na amostra. São usados reagentes importados e, para descartar a presença dos vírus dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente.

Chamado de Kit NAT Discriminatório para Dengue, Zika e Chikungunya, o novo teste permite realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus, evitando a necessidade de três testes separados. O procedimento oferece uma mistura pronta de reagentes, acelerando a análise das amostras e a liberação dos resultados.

A novidade garantirá maior agilidade para o diagnóstico realizado na rede de laboratórios do Ministério da Saúde, além de reduzir os custos e permitir a substituição de insumos estrangeiros por um produto nacional. A produção e nacionalização dos kits poderá representar uma economia de mais de 50% aos cofres públicos, pois atualmente os insumos são obtidos de fornecedores internacionais. A estimativa de custo para realização do diagnóstico é de U$20 por teste.

Os testes serão distribuídos aos Laboratórios Nacionais de Saúde Pública (LACENs). Além do fornecimento de insumos, o acordo prevê também o treinamento e a assistência técnica permanente, garantindo as condições necessárias para a execução das diferentes etapas do teste molecular.

LABORATÓRIOS – O Ministério de Saúde conta com uma rede de 22 LACENs: AC, AL, AP, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MS, MG, PA, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP e SE. Nos próximos meses, a tecnologia será transferida para os outros laboratórios, somando as 27 unidades equipadas para a realização da técnica de biologia molecular para qualquer agravo.

O repasse da tecnologia está sendo feito pelos laboratórios sentinelas de referência da Fiocruz, localizados no Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Pará (Instituto Evandro Chagas) e São Paulo (Instituto Adolfo Lutz).



Fonte:  Ministério da Saúde /Blog da Saúde

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Usuários da Policlínica do Largo da Batalha recebem informações sobre dengue, zika e chikungunya





Usuários da Policlínica Regional do Largo da Batalha participaram nesta quarta-feira (13/01) da atividade de sala de espera sobre dengue, zika e febre de chikungunya promovida pelo Centro de Controle de Zoonoses, através do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), em atendimento à solicitação da coordenadora de vigilância em saúde, Idelzira de Araújo.

A ação educativa teve como objetivo sensibilizar os usuários sobre a importância da adoção de medidas favoráveis à saúde individual e coletiva, especialmente em relação às doenças causadas pelo Aedes aegypti. Como o transmissor do zika vírus é o mesmo da dengue e da febre chikungunya – o mosquito Aedes aegypti – é preciso que a população reforce os cuidados para impedir o desenvolvimento de criadouros.

Desenvolvendo um diálogo interativo com o público, a agente Patrícia Oliveira percorreu os espaços da emergência, ambulatórios e do grupo de idosos falando sobre mudanças de hábitos no cotidiano para evitar a proliferação de mosquitos.   A resposta dessas pessoas que aguardavam atendimento foi considerável, todos demonstraram interesse na temática, quiseram saber sobre as melhores formas de prevenção, uso de repelentes e denúncia de focos no bairro.  Ao término da atividade, expressaram satisfação e agradeceram a iniciativa.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Niterói lança pacote de ações contra o Aedes aegypti




Uma parceria com a Fiocruz e o lançamento do aplicativo Sem Dengue também fazem parte do plano de combate ao mosquito.  A campanha “Não Crie Mosquito em Casa” foi lançada nesta quarta-feira (13/01) pela Prefeitura de Niterói. 

Uma grande ação, que envolve várias secretarias e órgão municipais, será realizada na cidade.  As duas principais ferramentas serão uma parceria com a Fiocruz, que terá Niterói como o foco de uma pesquisa que usa mosquitos infectados por uma bactéria que atua como uma vacina contra o Aedes,  e o lançamento do aplicativo “Sem Dengue”.  Através do app,  a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito. O anúncio foi feito no auditório da Prefeitura com a participação de representantes de todas as secretarias.

“Quero pedir a cada um aqui, representantes de todos os órgãos, a mobilização e o engajamento de todos neste trabalho, para enfrentarmos esse mosquito. Temos uma performance muito positiva nesta crise, e a questão mais importante é a mobilização e a comunicação com a população. Hoje estamos lançando este aplicativo Sem Dengue, com o qual o cidadão tem a possibilidade denunciar casas, prédios que estejam com risco de serem ou se tornarem criadores do mosquito. Além disso, eu já assinei um decreto que permite à Secretaria de Ordem Pública, com o auxílio  da Polícia Militar, adentrar em residências particulares onde o proprietário não tome providências quanto à limpeza do espaço. Com esse aplicativo e com  essa mobilização de toda a Prefeitura, a gente vai intensificar nos próximos dias essa ação, tudo isso combinado, sobretudo, com a mobilização de vocês. É fundamental que a gente tenha como foco esse trabalho, para que continuemos a ser uma referência positiva na prevenção contra a dengue", disse o prefeito.   

Através do novo aplicativo de celular,a população poderá tirar fotos de possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Como o Sem Dengue é georreferenciado, identificará automaticamente o endereço do local fotografado pelo cidadão. A denúncia do foco será enviada pela internet para a prefeitura e vão ajudar o trabalho dos agentes de controle de endemias.  Gratuito, o app estará disponível para usuários do sistema Android a partir desta quarta-feira. Quem tiver smartphone com sistema IOS poderá baixar a partir de 23 de janeiro. 

O aplicativo foi desenvolvido pelo Colab, rede colaborativa já utilizada pela prefeitura. A campanha terá, ainda, a distribuição de panfletos, cartazes, divulgação nas mídias sociais e uma página especial no Portal da Prefeitura (www.niteroi.rj.gov.br/contradengue). Além do foco na eliminação dos criadouros, a iniciativa informará a população sobre os sintomas das doenças.
Em Niterói, as pessoas já podem denunciar possíveis focos de Aedes pelo Disque Dengue (2621-0100). Parceria com a FioCruz Em reunião com o presidente da FioCruz, Paulo Gadelha, o prefeito formalizou uma parceria, para que Niterói se torne o campo de experiência formal para uma pesquisa realizada pela fundação. O trabalho consiste na liberação de mosquitos infectados por uma bactéria (Wolbachia) no habitat natural do inseto. Essa bactéria atua como uma espécie de vacina para o Aedes, impedindo que os vírus se multipliquem no organismo do mosquito, que deixa, portanto, de transmitir as doenças.

“Essa parceria se iniciou no segundo semestre de 2014. Este programa é muito importante não só para Niterói. Acredito que é mais importante ainda para o país. Este programa muda completamente o estágio da luta contra o Aedes, e coloca as autoridades sanitárias de saúde em um patamar de avanço contra essas doenças terríveis. Esta parceria teve início como um projeto-piloto em Jurujuba. É uma conquista extraordinária. O presidente da Fiocruz explicou como funciona a pesquisa: “Nossa experiência é muito promissora, já com eficácia comprovada a nível internacional. Tem origem com um grupo australiano, que foi o primeiro a criar e a desenvolver essa tecnologia. Começamos no Brasil com projetos-piloto e já temos resultados muito satisfatórios que atestam que essa tecnologia é capaz de em um período previsto fazer com que a região onde ela é desenvolvida, em um período curto, passe a ter a predominância de cerca de 70 a 80%  da colônia com esses mosquitos incapazes de transmitir a dengue, a zika e a chikungunya.  Essa parceria em Niterói será uma das mais promissoras”, afirmou Gadelha.


Casos na Cidade

De janeiro a 4 de dezembro do ano passado, foram notificados 488 casos de dengue e dois de zika em Niterói. O município não registrou casos de Chikungunya. Dados do Ministério da Saúde divulgados em novembro mostraram que 1,1% dos domicílios da cidade tinha focos do mosquito. O risco de epidemia é alto quando o índice é maior que 4%. Os bairros de Viradouro, Cachoeira e Vital Brazil, que apresentaram a maior concentração de criadouros, já receberam os mutirões especiais que os agentes de controle de endemias do município vêm fazendo nos fins de semana, além do trabalho de rotina, que acontece de segunda a sexta-feira.

Os próximos mutirões serão realizados nos dias 16 (Preventório), 23 (Engenho do Mato) e 30 (Comunidade do Abacaxi/ Jonatas Botelho). Eles vistoriam as casas, conversam com moradores, distribuem folhetos e, quando encontram um foco, aplicam o larvicida nos criadouros. O trabalho é feito em parceria pelas secretarias municipais de Saúde; Conservação e Serviços Públicos; Educação, Ciência e Tecnologia; e Obras, além da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin). Agentes da Defesa Civil de Niterói também estão sendo treinados para auxiliar os agentes do Centro de Controle de Zoonoses a disseminar informações nas comunidades.

O Aedes aegypti se desenvolve na água limpa e parada em até cinco dias. Nessa corrida contra o tempo, algumas ações são fundamentais e fazem toda a diferença, como: manter caixas d'água fechadas, limpar calhas, encher os pratinhos de vasos de planta com areia até a borda, não deixar que garrafas e outros recipientes acumulem água, guardar pneus em locais abrigados da chuva, não jogar lixo em terrenos, manter latas de lixo tampadas.


Dengue, chikungunya e zika 

Qual é a diferença entre dengue, chikungunya e zika? Além de serem causadas por vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, as três possuem sintomas muito parecidos, como febre, dores no corpo e manchas avermelhadas na pele – o que muda é a intensidade deles (ver quadro abaixo). Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem dentro de três a sete dias. 




A secretária municipal de Saúde, Solange Oliveira, explica que não existe tratamento específico para nenhuma das doenças. Os medicamentos prescritos servem para controlar a febre e as dores.

“É importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos principalmente para os casos suspeitos de dengue, que é a doença mais grave”, alerta. Na dengue, a febre é alta, dura de quatro a sete dias, a dor no corpo e a dor de cabeça são intensas, e as manchas surgem a partir do quarto dia, em até 50% dos casos. Dor intensa nas articulações, que incham com frequência, é o principal sintoma da chikungunya, que também dá febre alta (dois a três dias) e manchas na pele (que surgem do segundo ao quinto dia, em metade dos casos). Na zika, quase todos os pacientes têm manchas na pele que coçam muito e a conjuntivite é comum (50% a 90% dos casos), mas a febre é rara (quando surge, é baixa e dura até dois dias). A doença é mais grave para as gestantes, pois tem sido associada a casos de microcefalia no feto. Por isso, é importante reforçar as medidas de proteção contra as picadas do mosquito nas mulheres grávidas. “Sempre que possível, elas devem usar roupas que protejam as partes expostas do corpo, como pernas e braços, e procurar uma unidade de saúde ao apresentar um dos sintomas. O uso dos repelentes nas gestantes deve sempre seguir a orientação do médico”, lembra Solange. 

A médica reforça que não se deve tomar medicamentos por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas ou mesmo agravar o estado de saúde; e que as pessoas devem procurar atendimento médico ao surgirem alguns dos sintomas de dengue, chikungunya ou zika.


Fonte:  Prefeitura de Niterói